Dormir, dormir, dormir e dormir, nada mais vos posso contar destes dias.
Aliado ao trabalho de madrugada, manhãs mal dormidas e a tensão arterial muito "rasteirinha", estes últimos dias tenho sido vítima de uma soneira constante. Todos os minutos em casa e com o tempo a ajudar (já chateia esta chuva!), têm sido eu enroscada na manta, no sofá a bater uma soneca. Chegou ao cúmulo de em véspera de feriado às 21h30 já estar a “xonar”. E o pior…acordar às 23h30 com as crianças do andar de cima eufóricas a pular, a gritar a brincar ao carnaval.
Aí, pensei estarei doente, será que fui picada pela mosca tsétsé e estou agora com a doença do Sono? Até as crianças me dão baile no horário de ir para a caminha!!!! Hoje em dia ia adorar o Vitinho, boas memórias!
São tantas as promoções. Mil e uma hipóteses, aliciantes, divertidas, românticas, tudo para todos os gostos. Nas revistas, nos emails, em sites e aténa rádio. Por todo lado, se houve falar no dia dos namorados que calha mesmo bem com o fim-de -semana prolongado. Não comemoro normalmente esse dia, mas que as hipóteses para as mini-férias são tentadoras, e estava a precisar para descansar, isso estava. Afinal é o último ano como namorada (para o ano já é como esposa. Medo!).
Mas não. Além de não fazer ponte, ainda tenho de trabalhar domingo à noite! Vida DURA!
Por duas semanas e durante a madrugada voltei ao meu anterior trabalho. Já não bastava voltar, ainda por cima de madrugada. Ando cansada, ando a arrastar-me esta semana. Não sei lá quem inventou a opção de trabalho contínuo, mas não foi lá muito “amiguinho” dos desgraçados que dão no duro a noite inteira. “Espero que nem se quer tenha namorada(o), que passe as noites sozinho(a) a lamentar-se.”
Namorados que têm vida facilitada aproveitem as promoções para o fim-de-semana!
São mil e uma coisas para organizar, timings para cumprir, escolher entre uma imensidão de hipóteses, correr atrás de referências, dos melhores preços, dos melhores profissionais, por em prática o que se aprendeu nas aulas de trabalhos manuais, puxar pela imaginação e rezar para que as escolhas tenham sido acertadas.
“UFAAAAA, que cansa!”
Ainda tanto por tratar, tanto por fazer, ando a dar em doida com a animação. Falta-me a animação, o mais importante para os convidados não apanharem uma seca de meia-noite, e os nossos convidados merecem tudo de bom.
Quando estamos quase decididos, ou o preço é alucinante, ou aparecem más opiniões…
Mas todo o stress vale a pena, para o momento de dizer "Sim, aceito!".
E ontem fui a uma exposição de peças que vão a leilão esta semana. Somos (entenda-se eu e o “noivo”) apaixonados por antiguidades, e como normalmente os antiquários esticam-se com os preços, vamos directamente à fonte. A variedade é maior, e ali as peças não estão inflacionadas, ali sabemos o verdadeiro valor de cada peça, além de ter a vantagem de não andar sempre colado ao nosso rabinho o Sr. Antiquário com medo que dois “putos” como nós roubemos qualquer coisa, sim porque é impossível gente jovem gostar dessas coisas (segundo eles). Ali vemos as peças à vontade, quantas vezes quisermos!
Gosto da sensação de ter em minha casa peças com algo para contar, pensar que se falassem contavam mil e uma histórias, de várias gerações, de várias culturas, de épocas diferentes. Algo que não estamos habituados a ver no nosso dia-a-dia e que nos fazem viajar no tempo.
Vamos lá ver se conseguimos licitar o tal quadro, para juntar a “mesa dos reis” (como a chamam os amigos!).
Peguem em vocês, comprem bilhetes e vão ver a peça que está no casino de Lisboa (e para a semana estará no Porto) “Vai-se Andando”, escrito pelo Eduardo Madeira, encenado por António Feio e como actor principal o fenomenal José Pedro Gomes.
Um título que não podia definir melhor o belo do “portuga”. Quando perguntamos a um português “Então estás porreiro?”, a resposta é normalmente “Vai-se andando”.
É rir do início ao fim. É chorar a rir.
A peça é uma caricatura do português que leva às lágrimas, até porque nos identificamos e nos revemos nas situações apresentadas. É uma crítica brutal, muito bem escrita ao nosso governo e em tom de comédia, é FABULOSO!
Sabem como se consegue distinguir um português turista no estrangeiro?
É aquele que está a tirar fotografias à comida! Digam lá que nunca tiraram fotos ao comer quando estão no estrangeiro? Eu já!
Eu devo ser umas das muitas pessoas inconscientes que usa lentes de contacto e as usa até à exaustão. Isto é, para quem desconhece este tipo de “extra visão”, existem vários tipos de lentes, com “validade” diferente. Umas têm duração de 15 dias e são caras (só para olhos delicados e para quem ganha bem!), outras duram um ano inteiro (mas se uma se rasga, lá se vai o ordenado) e depois existem aquelas, as minhas, que supostamente devem ser substituídas todos os meses. Supostamente. É uma validade de um mês mas é um mês subjectivo, no meu caso um mês equivale aí até à lente se romper!
E o que acontece quando se é míope, entenda-se “não vê um boi”, se rompe a última lente de contacto de um dos olhos e se deixa os óculos em lugar inacessível?
Passa-se o resto do dia a piscar o olho às pessoas, ”Espere lá que tenho de tapar o olho esquerdo para vê-la melhor!”…
Ontem apanhei um real “cagaço”, entenda-se um momento de pânico, foi um grito “Socorro ajudem-me” mas silencioso!
Usualmente, quando saio de manhã bem cedo, ainda noite cerrada, antes de arrancar com o carro, coloco o meu cartão multibanco, na prateleira do lado esquerdo, para quando chegar à portagem, ser só sacar o cartão e largar o 1,35€.
Hoje, ia eu tranquilamente, ora muda CD ora bota o som mais alto, ora vira para rádio, quando paro a 3 carros da portagem e vou para pegar no belo do cartão e… sim, sim, cartão “cadê”? Acende as luzes, mãos para baixo, mãos para cima, levanta o pé, levanta o outro pé, levanta o rabo, senta o rabo e nada! ”Jissuss, o cartão sumiu! Não tenho trocos que chegue! E agora, como é que vou pagar?”
Foram minutos de pânico! Não havia nada a fazer. Era chegar à portagem e dizer “Olhe vai ter de me deixar passar, não tenho dinheiro!” E um segundo depois estaria a ser algemada pela brigada de trânsito, além de ir arreliar o pessoal na minha retaguarda, enquanto se decidiam passa, não passa!
Lá consegui arranjar 1,35€ em moedas de 5 cêntimos, perdidos na minha carteira!
Trabalhei 14h00 hoje. Das 7h30 às 21h30. Almocei e jantei na empresa. Tenho o cérebro esturricado e o corpo amassado! Só tenho forças para partilhar algo que me deixou perplexa hoje.
No caminho de volta a casa, vinha eu meia a dormir meia acordada, a pensar na hora de chegar a casa, quando de repente pensei estar a alucinar, tal não era o cansaço acumulado, quando por alguma razão do foro psiquiátrico, vejo um senhor, à noite, noite cerrada, numa tentativa (das duas uma ou com vontade de pôr fim à sua vida ou completamente “descompensado”) de atravessar a estrada do IC19 a pé!!!!!
Pôr fim à sua vida não me parece, levava uma mochila às costas, para quê farnel e roupinha quando se quer ir para o “além”. A segunda definitivamente. Pede-se por favor à protecção civil que agarre este homem e o declare um perigo para a humanidade!
Talvez que ontem pela primeira vez desde algum tempo consegui sair quase horas. Horas bem decentes. Às 16h30 já estava a caminho de casa, a conduzir a minha Dona Lula pela ponte 25 de Abril e a apreciar o pôr-do-sol, que nesta altura do ano é bem cedo.
A ouvir a minha musiquinha pensava que a verdade é que quando presenciamos a mesma paisagem, o mesmo cenário, o mesmo local, várias vezes, todos os dias, torna-se banal independentemente de ser estonteantemente belo, ou não. Acabamos por passar por ele e muitas vezes nem damos conta. E perdem-se bons momentos por isso…
Temos um Portugal bonito, lugares lindos e apesar de adorar viajar, conhecer o mundo, é sempre bom voltar a casa!
De tempos a tempos tenho vontade de ir até lá, passear, observar, viajar na minha imaginação e no tempo. Assim que chego à vila, começo a fantasiar, é como entrar numa outra dimensão, uma outra época…
Transformo as turistas em senhoras elegantes que passeiam os seus vestidos e belos chapéus confeccionados à medida. Sempre acompanhadas de gentis cavalheiros que lhes fazem a corte, e lá lhes cedem um beijo na face depois de várias caminhadas.
O som dos carros vira o som das charretes a circular pela terra batida, e no ceio do verde envolvente descubro romances proibidos. Em cada canto, existe uma fonte, um lugar de segredos e murmúrios, onde se trocam confidências ao cair do dia.
As casas abandonadas rapidamente passam a mansões, com grandes salões de tectos trabalhados e embelezados por frescos. As infusões de ervas são servidas em serviços de prata pelas matriarcas da família durante as tardes de chá. E são saboreados os famosos travesseiros…
Bom, ontem enquanto meio Portugal olhava fixamente para o ecrãn para ver o benfica eu resolvi dar corda aos sapatos e ir desfrutar de uma tarde de cinema com dois amigos do “pêto”.
Fui convidada, e quando assim é não é de bom tom mudar a direcção dos planos! Quando me disseram o nome do filme, não fiquei lá muito entusiasmada, reacção que se manteve quando resolvi ver o “trailer” do filme “Up in the air”.
Claro está que ando a dormir e não tinha ainda ouvido falar do sucesso associado ao bom do filme. Pensei, com o George Clooney tem de ser um bom filme, este senhor não está em posição de arruinar a sua carreira num filme da tanga.
Fui. À confiança!
Digamos só… grande filme, com muitas verdades que nos fazem pensar, momentos que nos fazem rir, sorrir e ainda outros que puxam a “lagrimita”. Um final muito real e comovente!
Além de tudo isso, foi o filme mais votado nos globos de ouro para as categorias Melhor Filme Drama, Melhor Actor (George Clooney), Melhor Actriz Secundária (Vera Farmiga e Anna Kendrick), Melhor Realizador ( Jason Reitman) e Melhor Argumento (Jason Reitman).
A mente humana é de facto algo de complicado, misterioso, assustador mas também apaixonante. Será possível algum dia ter-mos total controlo ou algumas explicações para certas questões que nos parecem inexplicáveis? Duvido…
A vida corre-me bem, estou de volta dos preparativos para o casório, a semana correu muito bem nas minhas novas funções, mas por alguma razão as noites não têm sido tranquilas nem perto disso.
Já acordaram alguma vez em tal aflição, que todos os poros do corpo se inundam em suor e o único som que ouvem é o bater acelerado do vosso coração, a querer saltar do peito?
Pois…então sabem como é ter um verdadeiro pesadelo!
Cinco. Já lá vão cinco dias consecutivos assim. Sempre diferentes todas as noites.
Pergunto-me então, porquê? Porquê, se nada me preocupa quando estou acordada!
Dia chato hoje, sem novidades. Após um dia de trabalho cheguei a casa e liguei a bela da TV.
Estava a passar um programa sobre viagens, no qual dois jovens (uns grandes sortudos), no mesmo país se dividiam entre monumentos, locais e cerimónias diferentes mas na mesma cidade.
Ele o mais aventureiro, procura coisas com mais adrenalina, de acesso difícil.
Ela, mais pacata, tenta chegar às pessoas e incluir as cerimónias cruas, puras e duras da cultura do local!
Ora bem, a bela da menina, resolveu então ir a uma cerimónia de culto num país em que levam a religião a extremos. Bom, o objectivo da cerimónia consistia em rezar para pedir a bênção aos deuses. O estranho da coisa foi a forma na qual a cerimónia se desenrolou. Pelo que parece os crentes têm de queimar umas ervas, enrolá-las e fumá-las, sendo o “cigarrito” (comum a todos) acompanhado do esmagamento das ervas até à forma de pó que é posteriormente esfregado no nariz, isto tudo envolto em incensos, cantares e dançares estranhos!
Hummm…Eu teria fugido, mas ela não! Ficou, fumou, cantou até já não abrir os olhitos e ter de ser arrastada pelo “cameraman” para largar os deuses…há vidas difíceis!!!!
PS- Quando forem viajar fujam de cerimónias de culto aos deuses!!!! (Tudo isto com muito respeitinho a todas as religiões por aí existentes)
Como alguns de vocês já sabem, eu sou uma daqueles milhares de pessoas que tem de atravessar a ponte 25 de Abril todos os dias para se deslocar ao seu posto de trabalho. Tal como esses milhares de pessoas, também eu permaneço calma e pacientemente (para não ganhar rugas e desgastar o cérebro) na fila de inúmeros carros para chegar à portagem e depois à bendita ponte!
Pois bem, enquanto estou no pára, arranca, arranca, pára, vou a ouvir a minha “musiquita” ou a rádio comercial que sempre me faz sorrir e distrair-me para não ter de olhar para os carros do lado. Mas porquê (pensam vocês)?
Vou dar um exemplo. Hoje estava eu a sorrir a ouvir a comercial, quando num acto irreflectido olho para o meu lado esquerdo e …
“ Bem, pronto não teve tempo de se pentear em casa e fá-lo no carro, ok”.
Olho para o lado direito…
“Bem, é lixado levantar cedo e não ter tempo para se maquilhar, ok”.
Olho pelo retrovisor “ Jisssusss Branquinha, mas porque é que és cusca”. Não devia ter olhado, não sei como um dedo tão grande cabia num nariz tão pequeno…”lheck”!!!!
Ps- Pede-se por favor aos automobilistas em filas para não limparem os "salões" nessa altura, para bem do resto dos participantes em fila.
Hoje foi como voltar aos tempos do início da escola. E pensam vocês agora “Que raio? Mas o que quer ela dizer com isso?”.
Pois é, com estas minhas novas funções outras necessidades materiais se impõem, como por exemplo a necessidade de ter sempre à mão post-its de várias cores, para marcar os erros cometidos pelo pessoal. Post-its sempre de cores diferentes por departamento para eles não se baralharem (têm a papa toda feita). No fim das verificações tenho um arco-íris de post-its de tanta correcção a fazer!
Hoje, tive pois que me arrastar no fim do dia ao tão conhecido STAPLES, passo aqui a publicidade, para comprar o belo do post-it e claro não fiquei por aí e comprei mais umas canetas, lapiseiras, borrachas e por aí fora! Foi como ir às compras para o início do ano lectivo!
Além disso, voltei a passar o meu dia a estudar e ler procedimentos de trabalho, a fazer resumos e sempre concentrada a ouvir tudo o que “a professora” tem para me ensinar.
Já estava esquecida….
Post-it Amarelo - Vou pedir um aumento não pela responsabilidade acrescida mas pelos post-its que tenho de comprar!Se precisarem de post-its gritem!
E hoje foi dia de mudança. Mais uma vez mudei de trabalho, mas desta vez dentro da mesma empresa!
Trabalho novo, cenário novo, personagens novas e até o refeitório é outro. O 8 virou um 80! Andar em pé o dia todo, correr de um lado para o outro, ter os minutos contados para cada tarefa, aturar os conflitos com pessoal stressado, acabou...
Acabou os líquidos e começou a era dos pós (calma pessoal eu trabalho numa farmacêutica e não num laboratório clandestino!)
Agora sim vou engordar quilos, sentada o dia todo à secretária a verificar tudo aquilo que diariamente observava e fazia no campo. Agora sou mais papel, verificar, verificar, verificar e assinar em baixo. A responsabilidade aumentou.
Mas pensem comigo, não deveria proporcionalmente, o dinheirinho ao fim do mês aumentar também? Isso é que era, não era?Hummmmm....
Isto hoje é rápido, rápido, rápido! O pc é necessário por pessoas trabalhadoras que o usam para algo de importante e necessário e não para perder tempo a escrever nada de interesse, como “moi mêmê”.
Portanto, rapidamente vou dizer que hoje foi um bom dia! Dia escolhido especificamente para estar com pessoas por quem nutro um carinho muito “do grande”. Uma visita, marcada já há muito tempo, adiada inúmeras vezes ou por comodidade ou por impossibilidade horária. Somos comodistas, e por mim falo e com isso acabo por perder momentos tão deliciosos como o deste dia! Burra de mim!
Reviver tempos que já lá vão, recordar pessoas que já não vemos, que fizeram parte do nosso quotidiano, e que tal como entraram nas nossas vidas, de forma que não podemos controlar, nem escolher, rápido e sem dor, desaparecem, rápido mas muitas vezes deixando a dor suave da saudade…
A todos os que já fizeram parte do meu dia a dia, e que “desapareceram” mas deixaram muita saudade…Não estão no meu presente, mas estão nas minhas melhores memórias sempre!
Hoje foi dia de trabalhar para o casório. Não sei se já vos disse, mas vou casar este ano e por isso hoje foi dia de tratar do fotógrafo.
Sou uma pessoa de recordações, de sentimentos, de emoções. Adoro relembrar bons momentos, rir-me com saudade de episódios, de viagens, de situações que já fazem parte do passado e das nossas memórias. Faço questão, por isso de marcá-los e imprimi-los de forma a um dia mais tarde olhar para esses momentos e recordar-me dos pormenores que já tinha esquecido, ou que na altura nem tinha reparado!
Fotos no pc não são para mim, gosto de sentir a foto, de poder agarrar nela em qualquer altura, de folhear um álbum que conte uma história e sorrir ao revive-la e percebe-la!
Por isso escolhi os melhores, “Contraste Fotografia”.
Há muito que a minha passagem diária pela ponte 25 de Abril é uma realidade. Pagar a portagem desta ponte maravilha é como picar o ponto no trabalho. Já faz parte do meu dia, quer de noite, de tarde ou de manhã, todos os dias deixo lá o meu euro e trinta e cinco.
Não condeno os desgraçados que ali estão a recebe-lo, por serem tão carrancudos, porque na verdade ter de dizer bom dia, ou boa tarde ou boa noite sempre com um sorriso na cara de minuto a minuto deve ser um martírio! Mas faz uns dois anos, chego eu à bela da portagem e… ”Bom dia, bom dia, bom dia!” Ele sorria, ele gesticulava, ele punha a cabeça de fora. Era a energia em pessoa. Tanta energia que se tornava engraçado e até estranho, mas impossível de não dar uma gargalhada perante tal manifestação de contentamento!
Como vos disse, isto à dois anos! No dia de hoje tornou-se ainda mais assustador, quando o bom dia passou a...
“Boa noite...Está tão bonita hoje! Já tinha saudades suas!”
Isto enquanto com as suas duas mãos agarrava a minha mão desesperada por largar o euro e trinta e cinco e fugir! Medooooo!!!
Hoje, não há muito que vos possa dizer a não ser, tenho uma borbulha na ponta do nariz.
Estão vocês agora a pensar, “é uma borbulha fictícia e ela está a referir-se a outra coisa que não uma borbulha real!”. Não. É mesmo no verdadeiro sentido da palavra uma borbulha vermelha na ponta do nariz!
Seria algo, banal, normal, que apenas me recordaria quando olha-se para um espelho.
Seria!
Se não fosse necessário estar frente a frente com alguém a conversar. Sim, porque é inevitável, o olhar descontrolado, de segundos a segundos para a ponta do nosso nariz, a relembrar-nos “Tens uma borbulha vermelha na ponta do nariz”.
É como um sinal luminoso a piscar de x em x segundos, é impossível não olhar!
Hoje, estou solidária como a campanha nariz de palhaço!
Hoje um dia chato e cheio de trabalho. O que marcou o meu pensamento este dia:
“- Oi.
-Oi! …Quase morreste hoje.
- Sim…Quase morri, hoje.
- …
- Eu não…Eu não consigo lembrar-me do nosso último beijo. Tudo o que pensava, era que ia morrer hoje e que não conseguia lembrar-me do nosso último beijo. É patético, mas…a última vez que estávamos juntos e felizes, eu…eu quero poder lembrar-me disso, e eu não consigo.
- Estou feliz, por não teres morrido hoje… Foi numa manhã de quinta-feira, tinhas vestido aquela camisola velha da Darmouth que te fica tão bem. Aquela aberta na parte de trás do pescoço…tinhas acabado de lavar o cabelo, e cheirava a algum tipo de flor. Eu estava atrasado... Inclinaste-te sobre mim, colocaste a tua mão sobre o meu peito…e beijaste-me. Suave. Foi rápido, como um hábito. Como se o fizéssemos, para o resto das nossas vidas. E voltaste a ler o jornal e eu fui trabalhar. Essa foi a última vez que nos beijámos…
- Lavanda. O meu cabelo tinha o cheiro de lavanda, do meu amaciador.
- Lavanda…hum… “
Será possível só em ficção, ou existirá amor capaz de tamanho pormenor!
Depois de uma manhã serena, avizinhava-se uma tarde cheia de trabalho. Almocei e arrastei-me até ao carro, com uma certa moleza e bastante tranquila. Tranquilidade que rapidamente se desvaneceu no exacto momento que sento o traseiro no banco do condutor, olho para o pára-brisas e “Não, não pode ser. Outra vez não!”
Afinal de contas, acabou por não ser o terror, entenda-se multa, mas sim uma ameaça de um futuro terror! Era apenas uma advertência, como quando somos pequenos e levamos um aviso dos nossos pais! Muitas vezes necessário, para que possamos crescer e amadurecer de acordo com certos valores!
Mas este tipo de advertência municipal causa-me náuseas! Seria até aceitável se o número de lugares disponíveis para residentes fosse igual ao número de residentes, mas tal não se confirma nem de perto nem de longe! Logo, senhora presidente, enquanto isso não mudar, poupe o papel das advertências, seja ecológica! "I still feeling good with that!"
O dia começou sereno, tranquilo, sem urgência em levantar “el rabito” da cama.
Tomar um pequeno-almoço reforçado e apetitoso, de forma calma é uma das poucas vantagens de trabalhar por turnos e poder começar a trabalhar apenas às 15h00.
Após alguns minutos, era eu já “um recluso em cadeia”, ou seja, eu o recluso, sendo a cadeia a promessa com a qual me acabara de comprometer! Bem, isto tudo no bom sentido, não deixando porém de ser uma dualidade! Uma promessa deliciosa, mas com uma responsabilidade acrescida de empenho. Um jantar, um dia no mês, uma vez aqui, outra vez aí, sempre num restaurante diferente! Comer, conversar, trocar novidades, partilhar emoções!
Simplesmente estarmos! Sermos presentes, pelo menos uma vez por mês!
Bem, prometido está! “Friends valem tudo!”
Aposto que não existe leitor deste blog que ainda não tenha prometido algo semelhante! E fazem-se apostas! Vamos cumprir ou ficamo-nos pela promessa? Música do dia
Após uma noite bem dormida, e um fim-de-semana agitado, não há melhor do que um domingo enroscada no sofá na melhor companhia possível a ver um bom filme! Pois foi assim o meu domingo, com uma moleza de aproveitar ao máximo e a ver o tipo de filme que adoro. Uma combinação de alternativo, algo estranho à mistura mas um argumento interessante e de conteúdo. Um filme que nos faz ficar de olho bem aberto e na expectativa até ao final!
Creme SACANAS SEM LEI – Quentin Tarantino, no seu melhor!
É impressionante ver a capacidade de mutação de alguns actores, capazes de interpretar qualquer personagem e de forma brilhante. Neste filme é de destacar prestações de Brad Pitt e Christoph Waltz, igualmente fabulosos em duas personagens que marcam o filme!
Para quem já viu o filme, “We are a special team! SOUND GOOD?”
Para quem não viu, não percam mais tempo e MARQUEM a vossa cultura cinematográfica com este filme!
O relógio batia 00h00m e mais uma vez picava eu o ponto para o ínicio de mais uma madrugada a trabalhar, mas desta vez à 24 horas sem pregar olho, e já com marcação para as 9h30m da manhã seguinte (ideia pouco genial do dia anterior). Cedinho, para evitar a multidão de noivas na loja dos vestidos ao sábado! Bem, a verdade é que a noite passou rápido e a não ser a “moca de sono” por volta das 2 da manhã, passou-se bem!
Eram 10h00, fui a primeira a chegar (Thank GOD!), passado 10 minutos já ninguém cabia naquela sala de espera acolhedora e a máquina de cafés trabalhava sem parar. Café para os pais, padrinhos, irmãos, tias, e sei lá mais quem, para ajudar na escolha dos vestidos (noiva que é noiva leva a família toda!). Pior que isso, só o bairro alto numa noite de Verão! 15 minutos depois estava na rua!
Sobremesa: Diversão
O dia passou-se, tranquilamente, mas sempre de pestana aberta! Claro está, que se pensaria, que após 30 e tal horas sem dormir, o inteligente seria às 21h00 ir dormir a noite toda, mas NÃO! Às 21h00 estava em pleno bairro alto, à procura de restaurante para jantar! Nós e mais meio mundo! O Bairro estava em fogo! Jantar muito do porreiro, diferente e inesperado, com amigos do peito e fadistas à mistura! E frase da noite: “Há FADISTA!”. Obrigado jeitosos pela companhia!
Caí que nem pedra, assim que sentei “EL RABITO” no carro a caminho de casa!
Ainda agora nasci e já estou em falta com um dia! Bolas, Bolas!
Ingrediente: desespero! Ora bem o meu dia 1, começou bem cedo. O relógio marcava 00h:00min e estava eu a picar ponto, para mais uma madrugada a dar no duro (vida de pobre é assim)! Contente, no entanto por ser já a madrugada de sexta-feira, o que obviamente implicaria, o fim-de-semana à porta e finalmente descanso! Implicaria? Sim! Porque a realidade, foi, marcava o relógio 07h30m “ Tens de vir trabalhar logo à noite”! Além de pobre de bolso, pobre de sorte!!!!
Óptima ideia, até porque já marquei a escolha do vestido de noiva para hoje (há é verdade vou casar este ano!), logo, dormir hoje não iria acontecer. Consequência após 24h acordada, mais oito horas a trabalhar!
Decoração: Encanto!
A dormir em pé, com um olho aberto, outro fechado, lá me desloquei à loja dos vestidos. Claro que com trabalho de casa feito e vestidos já escolhidos (para perder o menos tempo possível a vestir vestidos e a pensar em cama! Isto soou a algo diferente da intenção!). Sorte do caneco, todos os vestidos escolhidos, além de não serem para carteira de pobre, não estavam em loja! Sucinta, explicita como sou, expliquei “Prefiro assim, não gosto assado e cozido seria o ideal!”. Pimba! Após 4 vestidos tinha já dois que me deixaram encantada! E agora qual deles????
O mundo de branquinha, branquinha e o mundo nasce esta noite para a blogosfera, com esperança de longa vida (ou talvez não)!
Sonhos, peripécias, aventuras realidades, curiosidades, porque é assim o quotidiano de todo o mundo!
E bota para conversar! Chorar, rir, desabafar!
Porque há dias melhores, dias piores, dias muito maus, mas dias soberbos também! Aqui me proponho a um ano de histórias do quotidiano! A minha vida dava um livro (onde já ouvi isto)! Basta de falar vamos começar a escrever? Primeiro para mim, depois para todos os que se identificarem e quiserem partilhar! Uns dias histórias pouco interessantes (porque todos temos dias pouco interessantes, é a monotonia do dia a dia), outros dias cómicas (há dias que são uma autêntica comédia) e talvez algumas interessantes(bolas, é difícil arranjar dias interessantes, talvez ao fim-de-semana, tenha sorte)!
E chega de apresentações, amanhã cá estaremos de novo!